O implante coclear é ativado pelo fonoaudiólogo 30 a 45 dias após a cirurgia. Inicialmente são realizados alguns testes para verificar o funcionamento adequado do componente interno, seguido dos ajustes dos parâmetros da programação com apoio dos dados obtidos nos exames intraoperatórios.
O sistema é então ligado e a reação do paciente neste momento é muito variada. No caso de uma criança que nunca escutou é natural que ela estranhe, assuste ou chore. Mas ela pode também sorrir, ficar mais calma e mudar a expressão facial e corporal.
Pacientes com surdez pós-lingual (que escutavam antes de perder a audição e tem memória auditiva) tendem a demostrar surpresa e emoção ao ouvir novamente. Inicialmente os sons da fala podem ser robóticos, ininteligíveis ou o paciente ter apenas a sensação de vibração, mas em alguns casos pode até ser possível compreender palavras e sentenças sem o apoio da leitura orofacial. Com o passar do tempo, o cérebro vai aprendendo a processar os sons, que se tornam cada vez mais naturais, e há melhora na compreensão da fala.
Após a ativação, o paciente deverá retornar para programações periódicas do implante coclear em intervalos de 2 a 4 meses no primeiro ano de uso, a cada 6 meses no segundo ano e após o terceiro ano o retorno é anual. A periodicidade das programações do implante coclear é planejada de acordo com a idade e necessidade do paciente, sendo fundamental para ajustar a qualidade e a intensidade sonora, permitindo que os sons se tornem mais fortes, nítidos e sempre confortáveis.
