Os dispositivos eletrônicos de amplificação sonora, conhecidos como aparelhos auditivos, são dispositivos que amplificam o som permitindo que pessoas com perda auditiva ouçam melhor. Há modelos que também são utilizados para o tratamento do zumbido. Eles são indicados para todas as idades e estão disponíveis para os diferentes tipos e graus de surdez.
A escolha do modelo do aparelho auditivo deve considerar diferentes fatores como o grau da perda auditiva, as necessidades auditivas diárias do paciente de acordo com a idade, ocupação, hábitos, estética, conforto, habilidade motora e cognitiva para o manuseio e preço acessível ao paciente.
O ideal é que antes da adaptação do aparelho auditivo, o paciente realize uma avaliação audiológica e uma avaliação com um otorrinolaringologista a fim de diagnosticar a causa da perda auditiva e se existem outros problemas associados.

Por que é importante usar o aparelho auditivo?
A perda auditiva não tratada pode contribuir para o isolamento social, depressão, alterações de memória e prejudicar os relacionamentos, o desemprenho acadêmico e profissional e a qualidade de vida.

Em nosso serviço trabalhamos com diferentes marcas e modelos porque para nós é muito importante que o paciente tenha o direito a escolha do dispositivo que ele mais se identifica e atende suas necessidades e preferências individuais.
Atualmente, os tipos de aparelhos auditivos disponíveis são:
- Retroauricular: o aparelho fica posicionado atrás da orelha
- Intracanal: o aparelho fica posicionado parte no canal auditivo e parte na concha
- Microcanal: o aparelho fica posicionado totalmente dentro do canal auditivo
- Peritimpânico: também conhecidos como dispositivos invisíveis, eles ficam posicionadas profundamente no canal auditivo, próximo à membrana timpânica.
Os modelos podem variar com diferentes recursos que influenciam a qualidade sonora como número de canais, microfones direcionais, compressores de frequência, redutores de ruído e cancelamento da microfonia. Também existem variados designs, cores, tamanhos, recursos de conectividade com Smartphones, TVs e dispositivos de áudio (geralmente via Bluetooth), modos de carregamento e opções resistentes à água.
Existem diversas marcas que apresentam desde modelos básicos, mas que ainda assim permitem excelentes opções de ajustes em suas programações para melhorar a qualidade sonora, até modelos altamente sofisticados.
Qual modelo escolher? Essa é uma das principais dúvidas e apreensões que os pacientes trazem, afinal é um dispositivo que fará parte da sua vida e que terá que usar diariamente. Mas não se preocupe porque você poderá testar diferentes modelos durante algumas semanas em sua rotina diária em casa, no trabalho e nos ambientes que você frequenta.
Nessa fase de experiência domiciliar, a cada semana o paciente retornará para dar um feedback sobre a sua experiência e realizar testes e ajustes mais refinados nas configurações do aparelho. Esse processo de adaptação em geral ocorre em torno de 4 a 6 semanas e juntos escolheremos a melhor opção para você, com base em protocolos clínicos e considerando os resultados dos exames, seu desempenho auditivo, suas preferências e estilo de vida.
É recomendado que o paciente retorne em consulta a cada 3 a 6 meses para realização da audiometria de controle, ajustes da programação do aparelho, limpeza e checagem do correto funcionamento do dispositivo.
Mesmo após o uso de aparelhos ou implantes auditivos, a pessoa pode permanecer com dificuldade na compreensão da fala, principalmente em ambientes muito barulhentos. Assim podemos elaborar um plano de treinamento auditivo a fim de melhorar o seu desempenho com o aparelho auditivo.
Como parte de uma abordagem mais ampla de treinamento para a comunicação também trabalhamos comportamentos atitudinais que favorecem a comunicação e, conforme as habilidades auditivas evoluem, realizamos o treinamento para a conversação ao telefone, para uso das tecnologias assistivas e para a autoadvocacy.
Nosso objetivo é que você desenvolva habilidades comunicativas para lidar com diferentes situações que uma pessoa com surdez vivencia no seu dia a dia, se comunique com mais autoconfiança e independência.
