As próteses auditivas implantáveis são opções para pessoas que não se adaptam ou tem impedimentos clínicos ou anatômicos para o uso de aparelhos auditivos, como má formação da orelha externa, otite crônica, alergias a moldes e olivas, tumores. Também estão indicadas em casos de perda auditiva unilateral. Elas são compostas por um dispositivo externo (processador ou vibrador) e um componente interno inserido cirurgicamente por um médico otorrinolaringologista especializado. Os benefícios esperados são a melhora do reconhecimento de fala, principalmente no ruído, e melhora da localização sonora.
MODELOS
Existem diferentes marcas e modelos, sendo importante uma avaliação adequada para selecionar a melhor opção em cada caso, com base nos critérios de indicação. Diferente do implante coclear, o paciente pode testá-las em sua rotina diária antes da realização da cirurgia, para ter a sensação de como será sua audição após operar e ativar. O teste é realizado fixando o aparelho por meio de uma faixa elástica na cabeça. Em crianças pequenas e em casos que a cirurgia não é possível ser realizada, pode-se usar essa faixa até que a criança cresça ou a pessoa tenha condições adequadas para operar.
CIRURGIA
Existem dois tipos de implantação ancorada no osso: a transcutânea e a percutânea.
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- Implantes transcutâneos: o componente interno é implantado cirurgicamente por baixo da pele e o componente externo (processador) fica sobre a pele intacta. Esses componentes se conectam através de ímãs.
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- Implantes percutâneos: um pino de titânio é fixado no osso do crânio, na região atrás da orelha, através de uma pequena incisão na pele. Uma prótese vibratória é acoplada a esse pino manualmente.
ATIVAÇÃO E ACOMPANHAMENTO

Assim como no implante coclear, as demais próteses auditivas implantáveis precisam ser ativadas e realizado um acompanhamento ao longo da vida. O tempo para ativação dos implantes ósseos após a cirurgia depende da técnica cirúrgica e da cicatrização da pele, podendo levar de 30 dias ou mais em adultos. Em crianças o tempo é mais longo. Na ativação serão avaliadas as condições do local operado e fornecido orientações quanto ao manuseio, cuidados e manutenção do dispositivo.
Em geral, no primeiro ano são agendados 2 a 3 retornos com o fonoaudiólogo para realizar os ajustes necessários e nos demais esse retorno é anual, podendo ser mais frequente caso o paciente necessite.